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Diversidade cresce no mundo corporativo; JPMorgan é exemplo

Foto do escritor: Vitor EvangelistaVitor Evangelista

Atualizado: 1 de jul. de 2021

Em diferentes cantos do planeta, milhões de pessoas celebram o orgulho LGBTQ ao longo desse mês. Os desafios continuam a definir a luta pelos direitos civis de homossexuais, mas as mudanças ao longo das últimas décadas foram muitas e o progresso é extraordinário. No próprio mundo corporativo, as políticas e práticas inclusivas dos direitos LGBT têm crescido e se tornado alvo de incentivos e investimentos no espaço de trabalho. Não à toa, o JPMorgan Chase Co., o maior banco de investimento dos EUA, criou a Divisão Global pela Diversidade e Inclusão, responsável por fomentar inclusão de minorias, incluindo a comunidade LGBT, além de apoiar também funcionários LGBT.

O JPMorgan é ainda a única empresa financeira americana a receber nota máxima do Corporate Equality Index (índice de igualdade corporativo), um grupo que advoga pela inclusão de trabalhadores LGBT nos EUA. Ao entrevistar Karla Arnaiz, diretora executiva do setor de diversidade e inclusão para América Latina, Canadá e Bahamas, e chefe do núcleo de Recursos Humanos do México, fica claro que tais práticas progressistas se tornaram filosofia do banco há cerca de 25 anos e, pelo menos, desde de 2015, US$ 11 bilhões são direcionados aos fornecedores que agreguem diversidade à gigante financeira.


O JPMorgan Chase se dedica ao desenvolvimento e utilização de empresas diversas e qualificadas de grupos historicamente subrepresentados, incluindo empresas pertencentes e operadas por minorias, mulheres, veteranos, deficientes físicos, pessoas com deficiência e membros da comunidade LGBT.


O JPMorgan foi nomeado a Corporação pela Diversidade do Ano pela NBIC (National Business Inclusion Consortium), além de instituição do ano pela Câmara Nacional de Comércio Gay & Lésbica. Diversas outras inciativas para a inclusão de membros da comunidade LGBT foram idealizadas nos últimos anos, relata Arnaiz, “juntos, trabalhamos duro para fortalecer a cultura diversificada e inclusiva de nossa empresa e nos associamos a colaboradores diversos”.

O responsável pelos Negócios LGBT+ na Divisão de Diversidade e Inclusão Global do JP Morgan Chase, Brad Baumoel, explica como trabalhadores homossexuais ajudam no sucesso e crescimento da empresa a longo prazo, e que manter um ambiente de trabalho diversificado e inclusivo é a coisa certa a se fazer sempre. De acordo com Baumoel, os funcionários são o principal ativo da empresa, que tem se esforçado para atrair talento das mais diferentes origens, experiências e locais para ajudar a fomentar “a inovação, criatividade e a produtividade”.


Criar um ambiente inclusivo é fundamental para nosso sucesso. A diversidade reúne pessoas com perspectivas únicas e a inclusão cria oportunidades para que todos os indivíduos contribuam e trabalhem juntos para alcançar o sucesso como um todo. Acreditamos que trabalhar em um ambiente inclusivo motiva um esforço excepcional ou, de forma mais simples, nos torna melhores no que fazemos.


Neste sentido, o banco diz ser necessário gerar, através de práticas regulares e consistentes de inclusão, novas lideranças para guiar o JPMorgan Chase a longo prazo. Para Baumoel, um time diverso com funcionários LGBT ajuda nos próprios objetivos estratégicos da empresa, garantindo que ela se mantenha na liderança. Logo, a diversidade se torna um valor, não somente humano, mas também um valor corporativo.


– Precisamos que nossos líderes adotem uma mentalidade de ‘talento diversificado’ - em que os gerentes entendam que nosso talento é a nossa própria diversidade - e apliquem o mesmo rigor que exercem em seus negócios à diversidade e inclusão das minorias na empresa.


Apesar dos avanços representando pela audácia e ineditismo dos diferentes setores, diretorias e iniciativas do JPMorgan Chase & Co., ser LGBT no mundo financeiro ainda acarreta diferentes traumas e consequências. No Brasil, onde 61% dos profissionais LGBT, segundo pesquisa de 2016 do Center for Talent Innovation, não se sentem confortáveis para assumir sua sexualidade abertamente no trabalho, os casos de homofobia são frequentes. Pesquisa da Out Now Global no ano passado mostra que cerca de três em casa quatro entrevistados (73%) já presenciaram casos de homofobia no espaço de trabalho. Práticas e políticas como as estabelecidas no JPMorgan são fundamentais para garantir a segurança que trabalhadores necessitam para viver suas vidas com total plenitude, sem o medo de que a orientação sexual possa servir de barreira para quaisquer ambições dentro do mundo corporativo.



Inclusão no mundo financeiro ainda acarreta diferentes traumas e consequências

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